sexta-feira, 11 de julho de 2008

Noite de saudade
Florbela Espanca
A Noite vem poisando devagarSobre a Terra, que inunda de amargura...E nem sequer a bênção do luar A quis tornar divinamente pura... Ninguém vem atrás dela a acompanhar A sua dor que é cheia de tortura... E eu oiço a Noite imensa soluçar! E eu oiço soluçar a Noite escura! Por que és assim tão escura, assim tão triste?! É que, talvez, ó Noite, em ti existe Uma Saudade igual à que eu contenho! Saudade que eu sei donde me vem... Talvez de ti, ó Noite!... Ou de ninguém!... Que eu nunca sei quem sou, nem o que tenho!!

2 comentários:

thalles disse...
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thalles disse...
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